Paulo Cafôfo, cabeça de lista da candidatura que em 2013 destronou pela primeira vez o PSD na Câmara do Funchal, volta a concorrer ao município, desta vez com uma coligação que integra o JPP, o Nós Cidadãos e o PDR.
A nova coligação será composta por PS, BE, JPP, PDR e Nós Cidadãos, revelou hoje à agência Lusa Paulo Cafôfo.
Em 2013, a coligação "Mudança" integrou PS, BE, PND, MPT, PTP e PAN, tendo vencido as eleições com 39,22%. O PND acabou por abandonar a coligação.
Referindo que "ainda decorrem negociações", o candidato independente apoiado pelos cinco partidos anunciou ainda que o nome da coligação será alterado para "Confiança" pelo "trabalho desenvolvido nos últimos quatro anos".
"Temos um projeto já concretizado e entendemos que devemos dar continuidade ao que já iniciámos, nomeadamente no envolvimento dos cidadãos, numa nova postura democrática, e também no desenvolvimento económico, na criação de oportunidades", afirmou o autarca, de 45 anos, exemplificando com os progressos verificados na reabilitação urbana do Funchal (Madeira) ou na renovação de bairros camarários.
O trabalho tem contado com "o apoio e a solidariedade" do Governo da República, liderado por António Costa.
Na nova coligação que concorre às eleições autárquicas de 01 de outubro sobressai o JPP (Juntos Pelo Povo), partido legalizado em 2015 e que teve origem num movimento de cidadãos do concelho de Santa Cruz, na Região Autónoma da Madeira.
O partido passou em 2013 a governa este município.
Há menos de um mês, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, esteve na Madeira reunido com a direção do JPP.
Depois do encontro este partido declarou o apoio à recandidatura de Paulo Cafôfo à presidência do Funchal.
No início do mandato, Paulo Cafôfo viu o vereador Gil Canha (ex-PND) recusar ficar sem as áreas do Planeamento Estratégico e da Fiscalização Municipal, um processo que culminou no seu afastamento da vereação.
A então vice-presidente do município, a independente Filipa Jardim Fernandes, e o vereador representante do PTP, José Edgar Silva, acabaram também por renunciar aos seus mandatos.