Paulo Cafôfo manifestou esta garantia na IV Convenção dos Estados Gerais do PS-M dedicada à temática da Saúde.
"Quero aqui reafirmar que a Saúde será a principal prioridade de um Governo Regional liderado por mim, porque garantir o acesso universal aos cuidados da Saúde é um pilar fundamental de uma sociedade democrática", declarou, acrescentando que é tempo de "pôr fim a uma situação insustentável".
O candidato deu conta dos números do setor, adiantando que em abril de 2015 mais de 76.000 madeirenses e porto-santenses estavam à espera de cirurgia ou de uma consulta hospitalar, exames radiológicos ou outros exames e que em 2019 estes valores subiram "para mais de 100.000 atos médicos em lista de espera".
"Perante este colapso de um serviço público que já foi exemplar, esperava-se que o novo ciclo prometido pelo atual Governo trouxesse uma recuperação desejada", referiu Paulo Cafôfo, acrescentando que "um Governo que tanto fala de autonomia e dos madeirenses não pode deixar o Serviço Regional de Saúde sem rumo".
O candidato do PS considerou que o Sistema Regional de Saúde está "subfinanciado há muito tempo" e que "é fundamental mais investimento" para contrariar a sua "degradação particularmente visível nesta última década".
Paulo Cafôfo disse acreditar num sistema de saúde assente num serviço público capaz de garantir o acesso universal aos cuidados de saúde e que se articula com um setor convencionado ou privado e com as Instituições Privadas de Solidariedade Social mas, sublinhou, que "essa relação entre o serviço público e o setor privado tem que respeitar escrupulosamente três regras essenciais, nomeadamente ser exemplarmente regulada, ser publicamente transparente e, sobretudo, que os interesses do setor privado nunca possam parasitar o serviço público nem desvitalizar económica e financeiramente os nossos hospitais e centros de saúde".
Paulo Cafôfo considerou também que a Segurança Social tem que assumir a responsabilidade que lhe pertence, em criar condições para que camas hospitalares tão necessárias não estejam ocupadas por casos sociais e com alta clínica.
"Esta intervenção urgente da Segurança Social permitiria equacionar soluções favoráveis a uma desativação parcial e gradual do Hospital dos Marmeleiros, com a sua conversão em lar de acolhimento com a tutela entregue à Segurança Social", sustentou.
"Vamos trabalhar diariamente para que o novo hospital central da Madeira seja uma realidade e não apenas uma miragem eleitoral", afirmou, criticando a opção pelo betão do atual Governo Regional.
C/LUSA