“Assim que esta medida for implementada [na Alemanha], faremos exatamente o mesmo em resposta a ações semelhantes da Alemanha e de outros estados”, disse Volodin, alegando que esta decisão viola a legislação em vigor.
O presidente do Parlamento russo (Duma) lembrou que algumas empresas alemãs fizeram grandes investimentos na Rússia no passado e culpou a Alemanha e a França por "iniciarem a guerra".
Volodin denunciou que líderes alemães e franceses, como a ex-chanceler Angela Merkel e o ex-Presidente François Hollande, assinaram os Acordos de Minsk em 2015 para "enganar a Rússia e a comunidade internacional".
O líder russo referia-se ao pacto que incluiu um cessar-fogo e a retirada de armas pesadas, bem como reformas na Constituição da Ucrânia, com Moscovo a insistir que nunca foi intenção dos países ocidentais colocar o mesmo em prática.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.