Na assinatura do contrato de investimento entre a Universidade do Porto, a Bosch Portugal e a e a AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, no âmbito do projeto THEIA, António Costa considerou que esta iniciativa é “muito importante” porque “responde a algumas das questões fundamentais que os portugueses colocam”.
“Como vão poder ter melhores salários? Como vamos conseguir manter em Portugal a geração de excelência, cujo talento é anualmente formado nas Universidades, nos Politécnicos do país? Como é que as empresas vão ser mais competitivas? Como é que o país pode crescer mais rapidamente?”, questionou.
Para o primeiro-ministro, “a resposta a todas essas perguntas" encontra-se, precisamente, em iniciativas como aquela em que hoje participou e que se traduz "em investimento na qualificação dos recursos humanos, investimento em ciência, no investimento na capacidade de inovação e na translação dessa inovação para o tecido empresarial”.
O acordo hoje firmado na Reitoria da Universidade do Porto tem um valor superior a 27 milhões de euros e pretende desenvolver soluções para melhorar as capacidades sensoriais dos veículos autónomos.
Nesse âmbito, está prevista a integração de cerca de 55 novos colaboradores da Bosch e mais de 70 investigadores da Universidade do Porto, adiantou esta instituição de ensino superior.
O chefe do executivo português destacou que a Bosch já celebrou vários acordos com outras instituições de ensino superior, como a Universidade do Minho e a Universidade de Aveiro.
Estes protocolos permitem “transformar conhecimento em valor, em produtos de maior valor acrescentado, que sejam mais competitivos, serviços de maior valor acrescentado, que sejam mais competitivos, e que assim possam gerar mais e melhor emprego, mais bem remunerado, e que possam manter no nosso país esta geração de excelência, que o nosso sistema de ensino superior tem vindo a formar”, frisou.
O reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, garantiu que a academia “se encontra totalmente comprometida com os objetivos que o projeto tem”, através do desenvolvimento de Inteligência Artificial e destacou o “esforço sério de aproximação às empresas”.
Stephan Höenle, administrador do departamento de condução autónoma da empresa alemã, e representante da empresa em Portugal, participou na cerimónia através de uma mensagem gravada em que salientou a “corrida ao setor”, e adiantou que a Bosch espera ter “as primeiras soluções comerciais entre 2023 e 2025”.
Já Carlos Ribas, administrador Técnico da Bosch Car Multimedia Portugal, sublinhou que o país “é estratégico” para a empresa e que, com esta parceria, procura-se uma solução ““fiável, robusta e segura” de inteligência artificial, uma ferramenta que estará presente em todos os produtos.