Política

A Aliança Democrática (AD) venceu à tangente as eleições antecipadas de domingo, que tiveram como grandes vencedores o Chega e o Livre e o PS como principal derrotado.

Carlos Pereira, o deputado que o PS-Madeira dispensou e que foi ontem eleito pelo circulo de Lisboa manifestou-se chocado e apreensivo com o resultado do PS-Madeira. Para o ex-lider dos socialistas madeirenses, a solução apresentada por Cafofo e Iglésias não foi ganhadora e agora importa chamar todos os socialistas e unir o partido

A coligação PSD/CDS foi a mais votada na Madeira nas legislativas nacionais antecipadas, com 35,3 por cento dos votos e mantém os três deputados na Assembleia da República.

O  PS foi a segunda força mais votada mas perdeu um deputado e teve menos 10 mil votos. O líder e candidato socialista Paulo Cafofo atribui a derrota  ao contexto politico nacional. Cafofo justifica também o resultado com o diz ser a onda de direita e o crescimento do Chega.

A Iniciativa Liberal ficou em quinto com quase 3, 9 % da votação e o cabeça de lista Gonçalo Maia Camelo realça o crescimento do partido

O Bloco de Esquerda conseguiu 2,9% dos votos e regista também um crescimento, o que é destacado por Dina Letra

O PAN obteve pouco mais de 2% dos votos e o candidato Marco Gonçalves considera no entanto que o partido conseguiu concretizar o que pretendia

O JPP não conseguiu representação parlamentar e Filipe Sousa confessa alguma tristeza. O Juntos pelo Povo foi o quarto partido mais votado com 9,5% dos votos

A CDU foi o partido com representação parlamentar na Madeira que obteve menos votos; 1,6%. A cabeça de lista pela Madeira Silvia Vasconcelos afirma que os eleitores escolheram uma nova tendência em Portugal

O sexto deputado eleito pela Região foi Francisco Gomes do Chega, que foi o terceiro partido mais votado. Francisco Gomes regressa assim ao parlamento nacional, onde foi deputado do PSD.

A porta-voz do PAN responsabilizou hoje o Presidente da República por ter contribuído para a instabilidade política no país, depois de a "descrença das pessoas" se ter transformado em votos no Chega nas eleições de domingo.

O presidente da IL afirmou hoje que o cenário político que saiu das eleições legislativas é complicado e que os próximos dias serão determinantes para a sua clarificação, mostrando-se disponível para assumir responsabilidades e ser parte da solução.

O presidente do PSD afirmou hoje ter a "expectativa fundada" de que o Presidente da República o indigite como primeiro-ministro para formar Governo, dizendo que "parece incontornável que a AD ganhou as eleições e o PS perdeu as eleições".

O secretário-geral do PS assumiu hoje a derrota nas eleições legislativas, referindo que já felicitou o líder do PSD, Luís Montenegro, pela vitória, e indicou que o partido irá agora %u201Cliderar a oposição%u201D.

A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, foi reeleita deputada à Assembleia da República, pelo círculo eleitoral de Lisboa, e foi a última líder dos partidos com representação parlamentar a ser eleita.

O líder do Chega na reação aos resultados disse esta noite que “só uma grande irresponsabilidade de Luís Montenegro impedirá direita de governar”. E André Ventura lembrou que o seu partido teve mais de um milhão de votos, expresso pela vontade dos portugueses que deve ser respeitada. Num claro ajuste de contas, Ventura pediu a demissão dos responsáveis das empresas de sondagens, atacou Marcelo Rebelo de Sousa, jornalistas e comentadores

A noite eleitoral do Livre decorre em clima de festa, com vários festejos e cânticos no Teatro Thalia, partido que até agora elegeu quatro deputados e conseguiu um inédito grupo parlamentar.

Esta noite o apuramento dos resultados nacionais dão 79 deputados para a Aliança Democrática e o PS com 77 mandatos. Uma vantagem garantida, também, graças aos três deputados eleitos pela Madeira pelo PSD/CDS. Mas o apuramento final só será conhecido depois de apurados os deputados pelos círculos da Europa e do Mundo

O primeiro-ministro cessante apontou hoje que as eleições legislativas convocadas pelo Presidente da República realizaram-se após um período de elevada inflação e num clima de %u201Csobressalto%u201D, com dúvidas judiciais, favorável ao populismo político.