O presidente do Chega considerou hoje que a aprovação da moção de censura apresentada pelo seu partido, que fez cair o Governo Regional da Madeira, é um “momento importante de viragem” para a Região.
Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa da Madeira para “apuramento de responsabilidades políticas” no combate ao grande incêndio rural de agosto na região foram suspensos até janeiro de 2025, foi hoje anunciado.
O deputado da Iniciativa Liberal deixou críticas ainda ao Partido Socialista.
O deputado do JPP, Élvio Sousa, diz que a solução para esta situação é a realização de eleições.
A deputada do PAN, Mónica Freitas, diz que os principais responsáveis por esta moção são os membros do Governo Regional.
A deputada Sara Madalena admite que o CDS está pronto para ir sozinho a eleições.
O líder do Chega-Madeira, proponente desta moção de censura que acabou com a queda do governo, diz que isto foi um sinal do desgaste do executivo de Miguel Albuquerque.
Paulo Cafôfo diz que Albuquerque demonstraria coragem se saísse com dignidade. O presidente do PS-Madeira diz que vai sozinho a eleições.
Miguel Albuquerque diz que será candidato pelo PSD, porque está legitimado. O presidente do Governo Regional acusa o Chega de ser o maior aliado das esquerdas.
A moção de censura foi aprovada com os votos do PS, JPP, Chega, Iniciativa Liberal e PAN.
A primeira ronda terminou com a intervenção do deputado único da Iniciativa Liberal, que se despediu da assembleia. Nuno Morna deixou duras críticas ao Chega, ao PS e ao Governo Regional.
A deputada do CDS, Sara Madalena, criticou o PS de ir atrás de uma moção de um partido de extrema-direita.
A deputada do PAN questiona em que é que a Madeira é diferente para não seguir o exemplo de outros governos, onde governantes pedem a demissão por estarem envolvidos em processos de corrupção.
Élvio Sousa acusou Miguel Albuquerque de estar agarrado ao poder, à imunidade e a negociatas. O deputado do JPP criticou ainda o líder do executivo de usar o orçamento para 'chantagear'.
O presidente do Governo Regional diz que Paulo Cafôfo não deveria falar de ética, relembrando o mandato do socialista na câmara do Funchal. Albuquerque relembra que o estatuto de arguido é um direito.
O líder do PS-Madeira diz que os socialistas têm censurado Miguel Albuquerque e todos os seus governos, ao contrário do Chega.
O deputado social-democrata Jaime Filipe Ramos acusa Miguel Castro de agir a mando de Lisboa.
Miguel Castro diz que tudo vai continuar na mesma e que a Madeira não vai parar.
O presidente do Governo Regional voltou a defender que está consciente, assim como outros secretários, de que não praticaram qualquer ilícito e que portanto estão na plena posse dos direitos cívicos e políticos. Miguel Albuquerque acusou ainda o Chega de fazer uma aliança com o socialismo.