Os dados da OE refletem uma subida do número de reclamações contra estes profissionais de saúde nos últimos três anos, que o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Luís Barreira, atribui à falta de enfermeiros que pode pôr em causa a qualidade e a segurança dos cuidados prestados.
Em 2021, a Ordem dos Enfermeiros apreciou 392 queixas, número que subiu para 407 no ano seguinte e para 650 em 2023, adiantam os dados, segundo os quais a OE instaurou 242 procedimentos disciplinares em 2021, 246 em 2022 e 260 no ano passado.
Em 2021, a OE deliberou a suspensão de três profissionais de saúde, tendo no ano seguinte determinado uma suspensão e uma expulsão. Em 2023, foram suspensos oito enfermeiros.
Em declarações à agência Lusa, o bastonário da OE afirmou que este aumento de reclamações “vem, no fundo, desde a degradação dos serviços, sobretudo, devido à falta de enfermeiros”.
Luís Barreira lembrou o último relatório tornado público pelo Ministério da Saúde que apontava uma escassez de 14.000 enfermeiros no Serviço Nacional de saúde, uma situação que disse levar “ao incumprimento das dotações seguras e que põe em causa a qualidade e a segurança dos cuidados prestados”.