Em declarações à agência Lusa, Carlos Oliveira, da direção do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), avançou que no Aeroporto Humberto Delgado, “até às 10:00, divergiram 11 aviões e foram cancelados quatro voos à chegada e três voos nas partidas”.
Segundo o dirigente sindical, a greve – que teve início às 00:00 e é efetuada em módulos de duas horas nas entradas e/ou saídas dos turnos — provocou ainda, até às 10:00, atrasos em “perto de 30 voos” no aeroporto da capital.
“São as companhias aéreas a ajustarem as suas chegadas a Lisboa, até para perceberem qual é o impacto que o arranque da greve teve”, afirmou Carlos Oliveira, sustentando que, “neste momento, a operação está toda desregularizada”.
Quanto aos efeitos da paralisação nos aeroportos de Faro e do Porto, o SIMA diz estar ainda a aguardar dados.
Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da ANA – Aeroportos de Portugal atribuiu, contudo, o desvio de voos às condições meteorológicas no Aeroporto Internacional da Madeira, que está condicionado desde sábado devido ao vento forte.
Quanto aos cancelamentos e atrasos de voos registados em Lisboa, referiu que alguns têm também “a ver com a Madeira” e outros com causas diversas, mas não com a greve na SPdH/Menzies, o que o sindicato desmente.
A greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies, que prestam assistência em terra (‘handling’) nos aeroportos, vai prolongar-se até às 24:00 de quinta-feira e visa reivindicar melhores condições salariais e de trabalho.
A greve convocada pelos sindicatos abrange todo o trabalho suplementar, com início às 00:00 do dia 24 de dezembro de 2024 e até às 24:00 de dia 01 de janeiro de 2025.
Decorrerá ainda a partir das 00:00 horas do dia 24 de dezembro até às 24:00 do mesmo dia e a partir das 00:00 horas do dia 31 de dezembro até às 24 horas do último dia do ano.
A paralisação irá também abranger o trabalho em dia feriado que seja dia normal de trabalho, a partir do dia 24 de dezembro e até 02 de janeiro de 2025.