Os três novos membros no XII Governo Regional da Madeira, que surgem da remodelação operada pelo presidente do executivo após as eleições autárquicas, tomam posse na sexta-feira, numa cerimónia que decorre na Assembleia Legislativa do arquipélago.
O governo madeirense passa a ter uma vice-presidência, tutelada por Pedro Calado, que integrou a equipa de Miguel Albuquerque na Câmara Municipal do Funchal, que fica com as pastas das Finanças, da Economia, dos Transportes e com a coordenação política.
Paula Cabaço, que já foi a presidente do Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira (IVBAM), passa a ser a secretária regional do Turismo, Cultura e Assuntos Europeus.
A secretaria regional dos Equipamentos e Infraestruturas tem como novo responsável Amílcar Gonçalves, que também desempenhou funções no município do Funchal.
Afastados do anterior executivo foram o secretário regional da Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, e o titular das pastas dos Assuntos Parlamentares e Europeus, Sérgio Marques, que já anunciaram que vão ocupar os respetivos lugares na Assembleia Legislativa da Madeira para os quais foram eleitos.
A outra baixa no governo insular é a do secretário das Finanças e Administração Pública, Rui Gonçalves, que havia pedido para sair do elenco do executivo regional chefiado pelo social-democrata Miguel Albuquerque.
Em termos de transição, permanecem Rita Andrade, com as pastas da Inclusão, Assuntos Sociais e Habitação; Jorge Carvalho, com a área da Educação, Juventude, Desporto, Assuntos Parlamentares e Comunidades, e Humberto Vasconcelos, com as áreas da Agricultura e das Pescas.
Também a secretaria da Saúde continua a ser liderada por Pedro Ramos e a do Ambiente por Susana Prada.
Esta é a quarta alteração efetuada na orgânica do Governo Regional. A secretaria regional da Saúde já teve duas remodelações (Manuel Brito e Faria Nunes) e a da Inclusão Social uma devido à saída de Rubina Leal para concorrer à presidência da Câmara Municipal do Funchal nas eleições autárquicas de 1 de outubro.
A 12 de outubro, um dia após ter anunciado a remodelação, o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, justificou as alterações com a necessidade de "melhorar a eficácia" e fazer face a um "novo ciclo de expansão e crescimento" na Madeira.
"Todos os secretários saíram com cumprimento da sua missão e fizeram um trabalho belíssimo, a quem aproveito para agradecer", disse o líder regional, argumentando que "esta situação é apenas uma necessidade política de adaptação do governo a uma nova realidade".
Miguel Albuquerque argumentou ser necessário "adaptar a estrutura organizativa do governo às necessidades da conjuntura".
Para o líder madeirense, "não vale a pena fazer dramas por causa das eleições autárquicas", apesar do partido governar agora três dos 11 municípios da Madeira, tendo apoiado o candidato do movimento de cidadãos no concelho de São Vicente.
O governante madeirense ainda rejeitou que a alteração governativa evidencie "fragilidade" do executivo da Madeira, considerando que até "demonstra a dinâmica do Governo, porque é melhor as coisas mudarem para melhor do que não mudarem e a situação entrar em declínio".
"Agora é ao contrário, nós vamos sempre melhorar e mudando para melhor", concluiu.
LUSA