"Que a justiça faça a sua pátria. Não me tremerá o pulso, quando a justiça capturar e prender os responsáveis (…) Eu jurei respeitar e fazer respeitar a Constituição e as leis e o direito à paz e à democracia de todo o povo da Venezuela", disse.
Nicolás Maduro falava em Caracas, para milhares de simpatizantes que hoje marcharam até ao palácio presidencial de Miraflores, para celebrar o Dia Internacional do Trabalhador e apoiar o Chefe de Estado.
"Se alguém pretender, usando as armas, entregar a pátria ao imperialismo (…), não duvidem em sair às ruas para defender a pátria, a democracia e a liberdade", frisou.
Fazendo alusão ao grupo de militares que, na terça-feira, declararam apoiar o autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, Nicolás Maduro insistiu que os "golpistas" ficaram sozinhos.
"Estão fugindo, entre embaixada e embaixada. A Justiça procurando-os para que paguem os seus delitos, e mais cedo do que tarde irão para a cadeia", disse.
Nicolás Maduro acusou os líderes opositores Juan Guaidó e Leopoldo López de, em coordenação com o conselheiro de Segurança dos Estados Unidos, John Bolton, prepararem e dirigirem o movimento golpista que pretendia "usar as armas da República contra a própria República".
Segundo o Presidente da Venezuela, a oposição "não entende o povo humilde" da Venezuela e não percebe que "há uma poderosa união cívico militar que não trairá a história nem o legado de Hugo Chávez", que presidiu o país de 1999 a 2013.
Nicolás Maduro acusou a oposição de, além de enganar os venezuelanos e o "império norte-americano", "fazer acreditar" que abandonaria o poder e iria para Cuba, mas que teria sido impedido pelos russos.
Por outro lado, frisou que "só o povo [através dos votos] põe e tira um presidente".
Maduro questionou o que teria acontecido se, na terça-feira, tivesse enviado tanques das forças especiais: "Iríamos a uma luta armada, a uma guerra civil", afirmou.
Teria acontecido "um massacre entre venezuelanos", prosseguiu. "Teria havido morte entre venezuelanos e, em Washington, teriam celebrado e ordenado uma invasão militar, para ocupar a pátria de Bolívar. Isso é o que buscavam", frisou.
C/ LUSA