“Estas crianças são as nossas crianças (…). O Estado de Israel não vai e não pode permitir que isto aconteça. A nossa resposta virá e será severa”, declarou Benjamim Netanyahu.
Segundo o exército israelita, os ‘rockets’ foram disparados do Líbano pelo movimento islâmico Hezbollah, apoiado pelo Irão, e caíram num improvisado campo de futebol onde muitos jovens estavam a jogar.
Os 12 mortos confirmados tinham idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos e dezenas de outros jovens ficaram feridos, segundo as autoridades locais.
O Hezbollah negou estar na origem do ataque mortal.
No domingo, Israel prometeu responder “energicamente” ao ataque que atribuiu ao Hezbollah libanês.
O gabinete de segurança israelita autorizou Netanyahu e o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, a “decidir como e quando responder à organização terrorista Hezbollah”.
Numa declaração conjunta, divulgada no fim de semana, a coordenadora especial da ONU para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, e o chefe de missão e comandante da Força Interina da ONU para o Líbano (FINUL), tenente-general Aroldo Lázaro, condenaram o ataque em Majdal Shams, frisando que os civis “devem ser protegidos em todas as circunstâncias”.
“Exortamos as partes a exercerem a máxima contenção e a porem termo à intensificação das trocas de tiros em curso. Esta situação poderia desencadear uma conflagração mais vasta que envolveria toda a região numa catástrofe inacreditável”, afirmaram os representantes, indicando que as estruturas que lideram “estão em contacto tanto com o Líbano como com Israel”.
O incidente reacendeu os receios de que o conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, desencadeado pelo ataque do movimento islamita palestiniano a 07 de outubro de 2023, possa alastrar ao Líbano.
Israel e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado transfronteiriço desde 08 de outubro de 2023, um dia depois do início da guerra em Gaza, nos piores confrontos entre as duas partes desde 2006.
O Hezbollah integra o chamado “eixo de resistência”, uma coligação liderada pelo Irão de que faz parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes huthis do Iémen.
Lusa