“O navio chegou no dia 02 de agosto. Nesta segunda-feira, faremos um embarque, no Porto Grande do Mindelo, ilha de São Vicente, com algumas entidades cabo-verdianas, parceiros habituais da Marinha Portuguesa, para demonstração das capacidades e procedimentos operacionais do navio. Isso permite às autoridades decidirem quem embarca nas missões seguintes”, explicou à Lusa o adido de Defesa de Portugal, capitão-de-mar-e-guerra, Carlos Afonso.
Nos próximos dias, até sábado, a missão vai decorrer em coordenação com o Centro de Operações de Segurança Marítima (COSMAR), a Guarda Costeira, a Polícia Judiciária, a Inspeção Geral das Pescas e outras entidades nacionais na vasta Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Cabo Verde, com mais de 734 mil quilómetros quadrados.
Estas ações enquadram-se no tratado de fiscalização conjunta, que permite a embarcação de equipas mistas cabo-verdianas — compostas por elementos da Guarda Costeira, Polícia Judiciária, Inspeção das Pescas e Polícia Marítima — em unidades navais ou aéreas portuguesas, para fiscalização de atividades como pesca ilegal, tráfico de pessoas ou narcotráfico.
Esta é a segunda passagem do NRP Sines pelo arquipélago em 2025, no âmbito da Iniciativa Mar Aberto, que visa aprofundar a cooperação no domínio da defesa, promover a diplomacia naval e apoiar a política externa portuguesa.
Em maio, o navio esteve também em missão em Cabo Verde, com escala na cidade da Praia.
O NRP Sines é comandado pelo capitão-tenente fragata Vítor Manuel da Silva Santos e conta com um total de 59 militares: 13 oficiais, 14 sargentos e 32 praças — incluindo uma equipa de segurança dos fuzileiros, uma equipa de mergulhadores e uma equipa para operação de sistemas aéreos não tripulados (‘drones’).