Segundo o autarca socialista, que está em fim de mandato na Câmara de Coimbra e na ANMP depois de ter falhado, no domingo, a reeleição para o terceiro mandato naquela autarquia, as verbas do PRR são disponibilizadas por tranches, mediante execução da anterior.
“Como tem uma regra de funcionamento que determina que a transferência de verbas é feita por tranches, mediante comprovativo de execução da tranche anterior, estou obviamente preocupado”, frisou.
Salientando que 2026 “é já amanhã”, Manuel Machado disse que é necessário existirem projetos de execução concluídos, com grau de maturidade, aprovações, lançamento de concurso, dinheiro disponível “e isso leva tempo”.
O presidente da ANMP teme que, “havendo dinheiro, não haja execução atempada dessas ações, que é determinante”, embora no que respeita aos municípios a “grande generalidade esteja atenta e empenhados em que se execute em pleno a aplicação do PRR”.
“A mensagem transmitida é que é necessário acelerar a execução de projetos, mesmo daquelas candidaturas que não têm financiamento atribuído há que avançar e arriscar, porque isso é fundamental e do interesse nacional que se faça”, disse.
“Como 2026 é muito próximo, se não há aceleração, pois não há tempo a perder, o risco agrava-se”, acrescentou Manuel Machado, fazendo votos para que “o mercado reaja bem, porque há escassez de mão de obra e falta e encarecimento de matérias-primas”.
De acordo com o presidente da ANMP, toda a recomendação vai no sentido de se acelerar a preparação dos processos para contratação pública e abertura dos procedimentos obrigatórios e acelerar-se para a execução em concreto”.
Manuel Machado anunciou ainda que a ANMP vai realizar o seu congresso a 11 e 12 de dezembro, em Aveiro, no qual vão ser instalados os novos órgãos sociais, decorrentes das eleições autárquicas do último domingo.