“Tenho uma enorme confiança, não apenas na capacidade técnica, mas nos valores humanistas e deontológicos dos meus colegas que trabalham no hospital Santa Maria”, afirmou o ministro da Saúde, assumindo estar “muito confiante” de que o “diálogo que está a ser desenvolvido vai conduzir a boa solução”.
Manuel Pizarro reagia à demissão dos chefes e subchefes das equipas de urgência, com exceção de um, do serviço de obstetrícia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, na sequência do anúncio do encerramento do serviço devido às obras da nova maternidade.
O que está previsto é que, enquanto o bloco de partos do Hospital de Santa Maria estiver fechado para obras – nos meses de agosto e setembro -, os serviços fiquem concentrados no Hospital S. Francisco Xavier (Centro Hospitalar Lisboa Ocidental), que encerrava de forma rotativa aos fins de semana e, a partir de 01 de agosto, volta a funcionar de forma ininterrupta sete dias por semana.
“A boa solução é assegurar às grávidas desta região a qualidade da resposta que o Serviço Nacional de Saúde nunca deixou de ter também em Lisboa”, explicou o ministro, dizendo-se confiante de que “as equipas estarão asseguradas de forma a dar resposta a todas as necessidades das pessoas”.
Garantindo respeitar as diferenças de opinião expressas pelos médicos em relação a prestarem serviço no Hospital de S. Francisco Xavier durante a realização de obras na maternidade do Hospital de Santa Maria, o ministro ressalvou que “o diálogo tem limites” e que nesta situação “era necessário tomar decisões”.
Apesar do conflito, “a maternidade está em pleno funcionamento e não há nenhuma razão para alarme”, afirmou, vincando que as grávidas podem dirigir-se este hospital que “a equipa dos profissionais do SNS para as receber e para manter Portugal como um dos melhores países do mundo para se engravidar e para se ter filhos”.
Manuel Pizarro falava nas Caldas da Rainha, à margem do anúncio da localização do futuro hospital do Oeste, no Bombarral.
Lusa