“Tivemos uma grande concentração no trabalho sobre o modelo de recrutamento e as coisas seguem o calendário próprio. Estimamos enviar, também acordado com as organizações sindicais e o que resulta da última reunião de trabalho, na quarta-feira aos sindicatos a versão final do anteprojetos sobre o recrutamento”, disse aos jornalistas João Costa, no final da apresentação do plano de atividades do programa Escola Segura 2022/2024, que decorreu no Ministério da Administração Interna.
O ministro avançou que, “fechada a questão do recrutamento”, há outras matérias para trabalhar, como as questões relacionadas com a burocracia e a estabilização do quadro da progressão para o quinto e sétimo escalões.
“São esses temas que vamos trabalhar. Assim que estiver fechado o tema recrutamento, manifestei-me sempre disponível para continuar a trabalhar”, disse, sublinhando que o Governo tem tido “uma postura dialogante com os professores desde o início da legislatura” e “nunca suspendeu o trabalho de negociação sindical”.
A última reunião do processo negocial entre o Ministério da Educação e os sindicatos sobre a revisão do regime de recrutamento e mobilidade de pessoal docente decorreu na passada quarta-feira e terminou sem acordo.
No final da reunião, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) disse que a plataforma de nove estruturas sindicais vai esperar pela proposta final do Ministério da Educação para decidir sobre negociação suplementar.
Numa entrevista conjunta à rádio TSF e ao jornal JN, João Costa afirmou no domingo que estão a ser feitos estudos e contas para avaliar em que termos o tempo de serviço congelado aos professores pode ser recuperado, para que possam ser apresentadas propostas.
Questionado hoje se as contas já estavam fechadas, o ministro respondeu: “Estamos a trabalhar”.
Desde sábado e após a manifestação promovida pelo Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (Stop), cerca de três dezenas de professores e funcionários escolares permanecem acampados em frente à Assembleia da República em protesto contra a falta de condições laborais, acusando o Governo de pôr “a escola a dormir na rua”.
Lusa