“Já saíram de Cabul, estão a fazer o caminho de regresso a Portugal e correu tudo muito bem. As circunstâncias foram extremamente difíceis, mas os objetivos foram inteiramente atingidos”, afirmou João Gomes Cravinho em declarações à Lusa.
Segundo o ministro da Defesa Nacional, os militares portugueses retiraram 58 cidadãos afegãos, incluindo intérpretes e tradutores que colaboraram com as Forças Nacionais Destacadas portuguesas, que deverão chegar a Portugal entre “hoje e amanhã, e eventualmente também domingo”.
“Chegam alguns ainda hoje, mas ainda não posso confirmar em absoluto, tem havido uma enorme volatilidade, mudança de planos a toda a hora, e portanto, não tenho ainda certeza, mas, em princípio, ainda chegam alguns hoje”, referiu Gomes Cravinho.
Os quatro militares portugueses encontravam-se em Cabul desde quarta-feira de madrugada, tendo como missão apoiar a retirada de cidadãos afegãos do país.
Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.