Hoje de manhã, antes do programa oficial, o chefe de Estado deverá assistir num restaurante português ao jogo da seleção portuguesa de futebol contra a Espanha para a fase de grupos da Liga das Nações, que está marcado para as 11:45 (19:45 em Lisboa).
Depois, pelas 14:00, Marcelo Rebelo de Sousa irá visitar a fábrica da Corteira Amorim em Napa Valley, região vinícola da Califórnia, regressando a meio da tarde a São Francisco para uma cerimónia no consulado-geral de Portugal.
O programa de hoje do Presidente da República, que chegou no sábado à Califórnia para cinco dias dedicados ao contacto com emigrantes portugueses e lusodescendentes, termina com um jogo de beisebol entre os San Francisco Giants e os Colorado Rockies, de celebração da chamada "Noite da herança portuguesa".
Na segunda-feira à noite, esta madrugada em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se com dezenas de portugueses que fundaram novas empresas ou têm cargos empresariais de direção e gestão na Califórnia, o estado norte-americano mais rico.
O chefe de Estado agradeceu-lhes "o que estavam a fazer por Portugal", num discurso em que fez uma "análise pessimista" da conjuntura para os próximos tempos, tendo em conta os efeitos da invasão russa da Ucrânia, mas também salientou dados positivos de Portugal, que apresentou como "uma economia muito, muito aberta".
"Eu queria agradecer-vos, mas ao mesmo tempo dizer-vos que podem ter um papel fundamental na economia portuguesa", declarou, considerando que "quem avançar primeiro fica com uma vantagem comparativa enorme".
Na tarde de segunda-feira, o Presidente da República esteve num seminário na recém-criada Faculdade de Sustentabilidade da Universidade de Stanford, com a qual disse esperar que Portugal aproveite as oportunidades de cooperação académica.
"A ambição é ter 60 novos professores a participar e a trabalhar só na área de sustentabilidade", afirmou aos jornalistas Inês Azevedo, professora associada da Universidade de Stanford, envolvida na criação desta nova faculdade, que, realçou, está desenhada para "arranjar soluções que possam ser utilizadas pelo setor privado e pela indústria".
No ‘campus’ universitário, o chefe de Estado encontrou alguns alunos portugueses, entre os quais Joana Santos, de 25 anos, que chegou aos Estados Unidos aos 16 anos para jogar basquetebol, prossegue os estudos em Stanford e tem o sonho de trabalhar na Fórmula 1, e João Araújo, de 24 anos, que admitiu que gostaria de voltar a Portugal para "começar uma escola de inteligência artificial".
Marcelo Rebelo de Sousa lamentou que nos seus tempos de aluno universitário não houvesse estas oportunidades de estudar no estrangeiro.
Sobra-lhe a possibilidade de, terminado o mandato presidencial, ser professor visitante numa universidade da Costa Leste dos Estados Unidos: "Ainda vou a tempo, não tenho é aquela idade, vou 50 anos atrasado".
Acompanham o chefe de Estado nesta visita à Califórnia o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, e os deputados Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, João Moura Rodrigues, do PSD, Rui Paulo Sousa, do Chega, e Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do BE.