Em declarações aos jornalistas, no final de uma visita à fábrica da Renault Cacia, em Aveiro, o chefe de Estado disse ter feito diligências junto dos “dois partidos principais de esquerda que podiam ser a chave da resolução do problema”, e, na altura, verificou que era “muito difícil” que o Orçamento fosse aprovado.
“Embora continuasse a pensar que, até ao último segundo se devia esperar, percebi que estava muito difícil essa viabilização”, acrescentou.
Questionado sobre o calendário para a possível realização de eleições antecipadas, Marcelo afirmou que para já vai aguardar a decisão da Assembleia da República para depois “reagir em conformidade”.
“Primeiro temos de esperar pela decisão da Assembleia, depois temos de esperar pela audição dos partidos e, por uma coincidência, dos parceiros económicos e sociais que já estavam convocados, depois pela audição do Conselho de Estado e depois falaremos”, explicou.
“Se a Assembleia entende que não está em condições de aprovar um Orçamento que é fundamental para o país, há uma coisa positiva que é devolver a palavra aos portugueses para eles dizerem o que é que pensam relativamente a uma futura Assembleia que aprove o Orçamento que é fundamental para o país”, concluiu.