O chefe de Estado referiu que Jorge Coelho "esteve presente na vida pública portuguesa durante três décadas, em várias qualidades: como governante, como parlamentar, como conselheiro de Estado, como dirigente partidário, como analista político e depois, numa fase mais recente, como gestor empresarial".
O Presidente da República descreveu-o como uma pessoa com "um estilo muito próprio, feito de intuição, de compreensão rápida e antecipação às vezes daquilo que eram as correntes da opinião pública, de perspicácia analítica, de espírito combativo, às vezes polémico, mas também de grande afabilidade, e de abertura de todos os quadrantes e a todo o tipo de realidade que emergia na sociedade portuguesa".
"E teve uma influência muito grande em momentos importantes da vida nacional. Não tendo exercido a liderança partidária, a que sempre fugiu, no entanto, esteve tão próximo dos centros de poderes que de alguma maneira influenciou a vida do país", considerou.
Marcelo Rebelo de Sousa lembrou Jorge Coelho "como amigo" e também "enquanto Presidente da República pelo papel que teve na vida política e económica nacional".
Após prestar estas declarações, o Presidente da República fez divulgar uma nota no sítio oficial da Presidência da República na Internet em que lamenta "o dramático falecimento de Jorge Coelho" e refere que "deixou na memória dos portugueses o gesto singular de assumir, em plenitude, a responsabilidade pela tragédia de Entre-os-Rios".
"Desaparece uma das mais destacadas personalidades da vida pública portuguesa nas décadas de 80 e 90 e no início deste século", escreveu o chefe de Estado, recordando Jorge Coelho já "com saudade" e apresentando sinceras condolências à sua família.