Para o deputado centrista, em termos de direito constitucional, "não pode haver um Portugal diferente no continente daquele que deve existir nas duas regiões autónomas, tal como tem sucedido relativamente à atuação do Governo da República no que concerne à pandemia e à relação com a Madeira", disse, sublinhando que o primeiro-ministro, António Costa (PS), "é, neste momento, o maior adversário da Região Autónoma da Madeira".
"O atual Presidente da República, professor Marcelo Rebelo de Sousa, será a única garantia para o centro direita nacional de que a esquerda não terá um presidente, um governo e uma maioria parlamentar", observou.
Por seu lado, o líder parlamentar do PSD, Jaime Filipe Ramos, vaticinou que Marcelo Rebelo de Sousa será reeleito em 24 de janeiro, mas defendeu que "o próximo mandato não pode ser igual ao anterior".
"Tem de haver mudanças de atitude, de comportamentos, de ações e de cumplicidades", acrescentou.
"É necessário que esse Presidente da República seja o garante nacional daquilo que é o relacionamento institucional entre os dois governos [nacional e regional]", declarou, destacando que a região tem vindo a assistir a um "’bullying’ político por parte do PS relativamente à Madeira e futuramente aos Açores", porque, na sua opinião, "os socialistas não hesitam em castigar quem não vota no PS".
Para Jaime Filipe Ramos, no próximo mandato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa deverá ter atenção ao aprofundamento das competências autonómicas, no âmbito de uma revisão constitucional, e da Lei das Finanças Regionais.
Às eleições presidenciais de 24 de janeiro concorrem Marcelo Rebelo de Sousa, atual Presidente, com o apoio do PSD e CDS, Marisa Matias, apoiada pelo BE,, André Ventura, do Chega, Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), João Ferreira (PCP), a militante do PS Ana Gomes e Vitorino Silva, independente.