Perante Carmen Garcia, enfermeira de Évora, a primeira mulher a participar neste programa, o chefe de Estado deixou a seguinte observação sobre esta profissão: "As enfermeiras têm de ter várias vidas ao mesmo tempo, em muitos casos, para poderem ter o rendimento mínimo – não no sentido de salário mínimo, mas de poderem ter realmente aquilo que em princípio deveriam ter na sua atividade profissional".
O programa "Mulheres de coragem", lançado pelo Presidente da República, juntará ao longo das próximas semanas personalidades femininas de várias áreas, idades e origens à conversa com estudantes do ensino secundário, no antigo picadeiro real, depois adaptado a Museu dos Coches, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.
Hoje Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que é a favor das quotas de género e justificou assim a escolha do nome deste programa: "É preciso ter coragem para se ser mulher em Portugal? Resposta: sim, é preciso ser-se de coragem, ter-se coragem para se ser mulher neste mundo. É preciso, todos os dias se nota isso. Os homens têm de fazer um esforço para chegar a um objetivo, as mulheres têm de fazer um esforço muito maior, mas muito, muito maior".
O chefe de Estado disse que a ideia desta iniciativa foi de Djaimilia Pereira de Almeida, escritora, consultora da sua Casa Civil, para quem pediu palmas.