Marcelo Rebelo de Sousa atribuiu a este estabelecimento de ensino superior público politécnico, que forma oficiais da marinha mercante e quadros superiores do setor marítimo-portuário, o título de membro honorário da Ordem do Infante D. Henrique, considerando que “é o reconhecimento óbvio para uma instituição como esta”.
A condecoração foi entregue no fim de uma cerimónia comemorativa do 100.º aniversário da Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, em Paço de Arcos, no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa.
“Uma instituição assim, que corresponde a uma vocação nacional, antiga, que tem uma génese muito rica, que se autonomiza quando devia autonomizar-se, que sabe fazer a mudança quando é preciso fazer a mudança, que tem um espírito de corpo e que é uma instituição que está para durar, ela deve receber o reconhecimento do Estado português”, afirmou o chefe de Estado.
A Ordem do Infante D. Henrique destina-se a distinguir quem tenha prestado serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores.
Ao discursar nesta cerimónia, o Presidente da República voltou a defender que Portugal tem uma “vocação universal” e que a sua dimensão marítima constitui “uma mais valia geoestratégica, uma mais valia política, uma mais valia económica, uma mais valia social, uma mais valia humana”.
“Deu a diáspora espalhada pelo mundo, dá o peso dessa diáspora, deu as comunidades que falam a mesma língua e são hoje estados independentes, deu a nossa projeção como plataforma entre continentes, oceanos, culturas e civilizações. Deu até o protagonismo em várias instituições internacionais, que não existiria de outra forma, mas que existe. De nós faz mediadores em todas as circunstâncias”, acrescentou.
A este propósito, referiu que “o Presidente Mário Soares desde muito cedo defende a instalação em Portugal de uma organização internacional virada para o mar, e é uma luta que sucessivos governos têm, e que tem sucesso parcial, mas que transforma Portugal num eixo insubstituível em termos de oceanos”.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “está bem escolhido, há muito”, o Infante D. Henrique como patrono desta escola, “porque representa aquilo que foi ao longo dos séculos, é hoje e será sempre um desígnio nacional”.
Lusa