"Convoco todos para uma grande jornada de diálogo nacional, de reencontro nacional, com todos os setores políticos, económicos, sociais, culturais da Venezuela. Um reencontro, uma de reconciliação, um diálogo permanente é o que a Venezuela necessita e não brigas estéreis", declarou.
Nicolás Maduro falava para centenas de simpatizantes, no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, pouco depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o ter declarado vencedor das eleições presidenciais antecipadas de domingo, com 5.823.728 (67,7%) votos.
Maduro explicou que a Venezuela deve encontrar um caminho de desenvolvimento integral e exigiu respeito pelos resultados divulgados oficialmente.
"Assim como exijo respeito para a maioria eleitoral revolucionária, bolivariana e chavista, também respeito os setores que votaram pelos candidatos da oposição", disse.
Maduro disse que vai convocar os outros três candidatos presidenciais, o ex-governador de Lara e dissidente do chavismo, Henri Falcon, o pastor evangélico Javier Bertucci e o engenheiro Reinaldo Quijada para "uma jornada de encontro, de aproximação e de diálogo político, pelo futuro da Venezuela, para estabelecer uma agenda construtiva".
No discurso, o Presidente venezuelano anunciou que vai pedir uma auditoria aos resultados eleitorais e a verificação de todas as denúncias de irregularidades durante as eleições, feitas pelos outros candidatos.
"No horizonte vê-se a eleição para a Assembleia Nacional (parlamento, onde a oposição detém a maioria), em 2010 (…) assim que temos pelo menos dois anos livres de eleições para trabalhar pela economia produtiva, para resolver os problemas dos serviços públicos", disse.
Nicolás Maduro agradeceu aos venezuelanos o apoio que lhe deram através do voto e pediu aos empresários que trabalhem em prol do país.
"Juro-lhes que cumprirei a palavra empenhada e me dedicarei a recuperar e a reativar os motores da economia. Tenho plena consciência dos desafios que vamos enfrentar. Sou um Presidente mais preparado e vou responder à confiança que o povo me deu", frisou.
C/ LUSA