“Fizemos uma atualização da diária em 2024 [de 52 para 57 euros] e prevemos elevar o valor, este ano, para 62,72 euros, com retroativos a janeiro. E, em 2026, projetamos fixar a diária em 68 euros”, disse a secretária da tutela, Micaela Freitas, esclarecendo que a medida será adotada após a aprovação do Orçamento Regional, cujo debate está marcado para junho.
A governante falava na sessão de encerramento das VI Jornadas Hospitaleiras de Saúde Mental, no Funchal, realizadas no âmbito das comemorações do centenário das Irmãs Hospitaleiras na Madeira.
As Irmãs Hospitaleiras gerem a Casa de Saúde Câmara Pestana, instituição que recebeu oito milhões de euros do Governo Regional em 2024 para apoiar 750 utentes.
“Cuidar da saúde mental é fundamental para uma sociedade mais equilibrada e saudável”, disse Micaela Freitas, citada num comunicado da Secretaria Regional de Saúde e Proteção Civil, salientando estar “ciente da necessidade de aumentar o investimento face às crescentes exigências”.
Em outubro de 2024, no decurso da V Convenção de Comportamentos Aditivos da Madeira e I Convenção das Regiões do Atlântico, que decorreu no Funchal, a diretora-geral do Instituto São João de Deus (Irmãos Hospitaleiros e as Irmãs Hospitaleiras), Ana Cláudia Sá, alertou o executivo regional para a “complexidade do acompanhamento dos utentes” na área da saúde mental e considerou que o valor ideal da diária seria entre 80 e 90 euros.
“Em 2024, nós temos um valor real, só de custos diretos, de 69 euros por utente e estamos receber 52”, disse na altura, lembrando que no continente o valor da diária era então de 68 euros.
Entretanto, o Governo Regional da Madeira atualizou a diária para 57 euros e, agora, pretende avançar para os 62,72 euros.
Lusa