Miguel Albuquerque (PSD) falava aos jornalistas à margem da visita que efetuou com o líder nacional do PSD às imediações da obra de construção da nova unidade hospitalar da Madeira, no âmbito da visita que Luís Montenegro está a fazer à região no decorrer da jornada “Sentir Portugal”.
Na passada semana, na reunião do Conselho de Ministros, foi decidido fazer uma atualização do modelo de apoio financeiro à construção, fiscalização da empreitada e aquisição de equipamento médico e hospitalar estrutural do futuro Hospital Central e Universitário da Madeira, cujos contornos ainda não foram oficialmente publicados.
“Pedimos uma reprogramação porque precisamos do dinheiro mais rápido. Temos de receber o dinheiro com mais celeridade para pagar às empresas”, disse o governante regional.
Questionado pela agência Lusa após a divulgação da decisão do Conselho de Ministros, o Governo da Madeira respondeu apenas saber “o que todos sabem” e que aguardava a respetiva publicação no Jornal Oficial.
“O Governo Regional espera que, desta vez, seja definido com exatidão a comparticipação do Governo da República, em 50% da obra”, indicou o executivo madeirense na resposta escrita enviada.
Também mencionou esperar que, de “uma vez por todas, seja retirada a proposta de usurpação de património regional através da venda dos atuais hospitais".
No sábado, o deputado do PS Carlos Pereira mencionou ao Diário de Notícias da Madeira que a decisão do Governo da República inclui a alienação do atual imóvel do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, revertendo a verba para abater a dívida pública da Madeira.
Hoje, parco em palavras, Miguel Albuquerque considerou que “isso não é mau”, argumentando que o Governo Regional “não vai ficar com dois hospitais”.
“Acho que, neste momento, temos de tomar uma decisão acertada, em consonância com os interesses da região”, declarou, acrescentando: “O hospital ainda está a funcionar, a transição leva algum tempo. Temos tempo para pensar nisso com consistência”
O novo Hospital Central e Universitário da Madeira deve estar concluído em 2027, tem uma área brutal de construção superior a 172 mil metros quadrados, terá seis pisos e representa um investimento na ordem dos 352 ME, sendo comparticipado em 50% pelo Estado.
O projeto inclui um heliporto, 1.160 estacionamentos, tendo 5.000 metros quadrados afetos à área de investigação.
Trabalham diariamente na obra cerca de 260 pessoas, mas prevê-se que possam atingir o máximo de 500 por dia até a conclusão da obra.
Lusa