De acordo com o último Boletim de Execução Orçamental, publicado pela Direção Regional de Orçamento e Tesouro, em 2020, as receitas fiscais (em contabilidade pública) caíram 10,1% face a 2019, o que traduz uma diminuição de 96,2 milhões de euros.
Apenas três impostos escaparam à quebra generalizada; o IRS (+0,5%), que se manteve estável, fruto das medidas de proteção do emprego adotadas pelos governos; o Imposto sobre o Tabaco (+4,2%) e o Imposto Único de Circulação (+11,5%).
No campo negativo, o mais afetado foi o Imposto sobre os Veículos que recuou 46,4%, refletindo a forte redução na compra de veículos novos, com os consumidores a serem conservadores e adiarem a decisão de aquisição de um bem duradouro de custo elevado.
O IRC, imposto caraterizado por grande irregularidade ao longo dos anos, também sofreu forte penalização (-40,6%).
Os restantes impostos sofreram variações negativas, casos do imposto de selo (- 2,6%) e do imposto sobre o álcool e bebidas alcoólicas (-14,4%).