"Quero reforçar esta mensagem: todas as situações urgentes são respondidas", disse na Comissão de Inquérito às Listas de Espera do Sesaram, vincando, em particular, os doentes oncológicos e casos como o acidente com um autocarro de turismo a 17 de abril, que provocou 29 mortos e 27 feridos, em que a resposta foi rápida e eficaz.
"Nos casos em que não temos capacidade de resposta, fazemos encaminhamentos [para unidades hospitalares no continente] ou fazemos deslocar equipas [médicas] à Madeira", explicou.
Tomásia Alves admitiu, no entanto, que as listas de espera no Sesaram constituem uma das "grandes preocupações" do conselho de administração, mas sublinhou algumas medidas para minimizar o problema, tais como a contratação de mais profissionais, a realização de horas extraordinárias e a implantação de programas de recuperação de cirurgias e de exames.
A responsável realçou que o abatimento de 300 milhões de euros de divida a fornecedores, entre 2015 e 2019, também contribuiu para "melhorar o relacionamento" e "aumentar a confiança" dos profissionais e dos utentes do serviço público de saúde.
As listas de espera continuaram, no entanto, a crescer, como aconteceu ao nível das cirurgias, cujo número de utentes em espera era de cerca de 16 mil em 2015 e atingiu os 20 mil em 2019.
"Pior que não encarar o aumento é escondê-lo. E nós encaramos", disse Tomásia Alves, sublinhando que o "desafio diário" da administração do Sesaram é "gerir os recursos disponíveis e responder o mais rápido possível".
A Comissão de Inquérito às Listas de Espera do Serviço de Saúde da Madeira foi requerida pelo CDS-PP, maior partido da oposição na Assembleia Legislativa, e prossegue hoje à tarde com a audição do secretário regional da Saúde, Pedro Ramos.
LUSA