A Madeira e Cabo Verde assinaram hoje, na cidade da Praia, um protocolo de cooperação na área da saúde com vista à partilha de informações e formação nomeadamente em urgência pré-hospitalar e controlo das doenças provocadas por mosquitos.
O protocolo foi assinado entre o Instituto de Administração da Saúde da Madeira e o Instituto Nacional de Saúde Pública de Cabo Verde na presença do ministro da Saúde cabo-verdiano, Arlindo do Rosário, e do secretário Regional da Saúde e da Proteção Civil da Madeira, Pedro Ramos, que cumpre uma visita de três dias a Cabo Verde.
"Vamos começar um percurso de cooperação nas áreas de formação, da investigação e do sistema de urgência pré-hospitalar no sentido de trazermos a experiência que a Madeira tem", disse Pedro Ramos.
As primeiras medidas contempladas pelo protocolo iniciam-se já durante a visita do secretário Regional da Saúde à Cabo Verde com a realização hoje de uma palestra sobre o "Sistema de Saúde da RAM e o controlo vetorial", a cargo do presidente do IASaúde da Região Autónoma de Madeira, Herberto Jesus.
A Madeira e Cabo Verde têm em comum a prevalência de doenças transmitidas por mosquitos, como o dengue, uma área onde, sublinhou Pedro Ramos, poderá haver "uma grande partilha de conhecimentos".
"Quando passamos por essa situação, em 2012, as experiências de outros países tiveram que ser adaptadas para a Madeira. Este protocolo vai permitir mais um conhecimento" nessa área, disse.
"O protocolo implica partilha de experiência, formação e investigação conjunta", sublinhou.
Na segunda-feira, inicia-se uma formação na área da proteção civil ministrada por técnicos da Madeira.
Pedro Ramos adiantou que no futuro serão agendadas outras formações nas áreas da saúde e proteção civil.
O ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, sublinhou as semelhanças geográficas e em matéria de saúde entre os dois arquipélagos, considerando que a cooperação "perspetiva cenários interessantes" de desenvolvimento.
"Este protocolo será um primeiro passo para um projeto mais abrangente, mais alargado de colaboração em domínios como a telemedicina, o sistema de informação sanitária ou da regulação em saúde", disse.
Arlindo do Rosário destacou também a importância do protocolo para a execução em Cabo Verde, nos próximos anos, de um programa de emergência pré-hospitalar.
LUSA