"Independentemente das posições que nós vamos tomar e tomaremos sempre na defesa da Madeira, da autonomia e dos princípios que presidem, aquilo que são os direitos fundamentais à nossa população, o nosso Governo estará disponível para encetar um diálogo profícuo com o Governo da República, no sentido de resolver algumas das questões que estão pendentes", afirmou Miguel Albuquerque, à margem de uma visita às obras da nova lota do Funchal.
O líder do executivo regional tem insistido na ideia de diálogo com a República para a resolução de algumas questões como os transportes aéreos, as ligações marítimas de passageiros entre a Madeira e o continente, e a definição da repartição de custos da obra do novo Hospital da Madeira.
A nova lota do Funchal custa quase cinco milhões de euros, a que acresce mais um milhão e meio de equipamentos e fará com que a região esteja dotada de "uma lota moderna, eficaz e que cumpre todas as regras da União Europeia".
A obra que está a ser feita no mesmo espaço onde a anterior funcionava terá, também, uma parte "de laboratórios com vista à certificação de qualidade e análise do pescado".
De acordo com os números de 2018, foram descarregados em lota 7,5 mil toneladas de pescado para um valor superior a 18 milhões de euros, sendo por isso considerado um sector "vital" da economia.
Questionado sobre se a lota deveria manter-se em pleno porto da cidade do Funchal, Miguel Albuquerque respondeu: "Nós não queremos fazer um porto artificial, só com vocação turística, acho que é muito importante termos aqui um conjunto de atividades para manter as características identitárias da nossa cultura e a pesca está ligada à nossa cultura".
A obra estará pronta no verão de 2020.
C/ LUSA