"Eu não acredito em nada do que este governo diz relativamente ao hospital, porque eu confiava inicialmente naquilo que foi dito pelo senhor primeiro-ministro, na Madeira, que não corresponde aquilo que foi aprovado em Conselho e Ministros e, por conseguinte, não sei o que é que afinal o estado vai fazer", declarou Miguel Albuquerque, à margem de uma vista a uma escola.
O líder do executivo regional recordou que, na segunda-feira, as propostas apresentadas pelo PSD/Madeira de financiamento de 50% do novo hospital, da redução da taxa de juro de empréstimo à região, da presença de um ‘ferry’ que ligue a região ao continente todo o ano e a revisão do subsídio de mobilidade foram chumbadas.
"É fácil fazer um juízo de valor, neste momento, relativamente aqueles que estão a favor da Madeira e dos madeirenses e daqueles que estão contra", disse, acrescentando: "podem dizer que vão construir o céu na terra que eu não acredito".
Miguel Albuquerque garantiu que o concurso público internacional para a construção do novo hospital irá ser lançado porque, alegou, a região não pode "estar à espera destas aldrabices nem destas jogadas a nível partidário".
Em 27 de setembro, o Conselho de Ministros anunciou que iria comparticipar o novo Hospital da Madeira até um montante de 132 milhões de euros, mas na resolução publicada em 10 de outubro em Diário da República aparece apenas o valor de 96 milhões de euros e distribuído por seis anos.
Segundo o documento, na proposta de Orçamento do Estado para 2019 será inscrita uma verba de 14.062.505,03 euros, sendo 21 milhões de euros em 2020 e superior a 15 milhões de euros nos quatro anos seguintes, até 2024, ressalvando que este montante acontece "após dedução do valor de avaliação global a devoluto dos hospitais Dr. Nélio Ferraz Mendonça e dos Marmeleiros".
C/LUSA