"Houve o concurso e estamos muito satisfeitos, mas já há um conjunto de indivíduos que não estão satisfeitos porque o Governo vai cumprir a sua promessa", disse Miguel Albuquerque, à margem de uma iniciativa na sede da presidência do executivo, no Funchal.
A Empresa Madeirense de Navegação, do Grupo Sousa, foi a única concorrente no concurso internacional para a exploração da linha marítima entre região e o continente, que vai custar ao governo regional três milhões de euros por ano, durante três anos, sendo que o ferry efetuará viagens apenas entre junho e setembro.
"O que é escandaloso é um Estado como o português, que passa a vida a falar da sua dimensão arquipelágica, da sua dimensão oceânica, da tão propalada estratégia para o mar e – coitadinhos – nem têm vontade política de assumir a ligação [marítima] com os arquipélagos. Isto é que é absurdo", afirmou.
Miguel Albuquerque disse, por outro lado, que agora será importante os madeirenses procurarem a linha, tendo em conta que é financiada pelo orçamento regional.
"Esta operação, independentemente de ser rentável ou não, é importante no âmbito da ligação marítima que deve existir entre o território continental e os arquipélagos", vincou, reforçando que o projeto vai concretizar-se sem qualquer comparticipação ou apoio do Estado.
A Empresa de Navegação Madeirense, pertencente ao Grupo Sousa, deverá utilizar na operação um navio fretado à empresa espanhola Naviera Armas.
LUSA