"Continuamos a executar a repartição das verbas que chegam da Polícia aqui na região e tínhamos acordado até à data que eram 52% para a região e depois os outros 48% da receita ser canalizada para a aquisição de equipamentos para o bom funcionamento da PSP", disse Miguel Albuquerque, no ato de entrega de mais 10 motociclos a esta força de segurança no valor de 91 mil euros.
O governante madeirense considerou que "esta é uma boa aplicação e repartição de verbas e, desde 2013, devido ao protocolo em vigor entre a região e a PSP" já foram atribuídos "870 mil euros de equipamentos para a Polícia de Segurança Pública".
Entre outros aspetos, referiu que a verba permitiu comprar os 10 motociclos e 11 equipamentos de informática.
"Ou seja, acho que é importante todas as receitas que resultam de toda a atividade da PSP, parte delas já estão consignadas para a melhoria da própria funcionalidade e de execução do serviço por parte da própria polícia", argumentou.
O chefe do executivo insular realçou que o Governo Regional "todos os anos tem feito esta repartição de equipamentos", realçando ser uma ação "importante do ponto de vista da transparência, para as pessoas saberem que as receitas que resultam da atividade da polícia não entram no bolo geral do Estado, mas são diretamente canalizadas para a melhoria da prestação e eficácia das próprias forças de segurança".
Miguel Albuquerque ainda aproveitou a ocasião para salientar que esta postura do Governo Regional faz "um contraponto com o que o Estado não faz", recordando existir uma dívida da República à região na ordem dos sete milhões de euros, relativa aos subsistemas de saúde prestados na Madeira aos elementos das forças de segurança.
"Não vamos nem podemos deixar que o Serviço Regional de Saúde (SESARAM) deixe de apoiar os nossos homens e mulheres da Polícia e das Forças Armadas, isso é impensável", declarou o responsável madeirense.
Mas, sublinhou, "evidentemente que esta questão tem que ser resolvida", vincando que "neste momento há uma dívida pendente de 7 ME que nada tem a ver com a Polícia, mas com a falta de cumprimento por parte do Estado das suas obrigações e isso é que é lamentável".
No entender de Miguel Albuquerque, esta situação representa mesmo "uma falta de consideração e de respeito pela própria instituição" que é a PSP, concluindo que a Madeira "não pode deixar de fazer esse acerto de contas".