Esta decisão será votada pela Câmara dos Comuns (câmara baixa do Parlamento britânico) ainda este mês com o objetivo de legalizar o adiamento.
De acordo com o plano de desconfinamento, todas as restrições seriam levantadas em Inglaterra no dia 21 de junho, o que iria permitir o funcionamento de discotecas e a realização de casamentos e outros eventos sem um limite máximo de pessoas.
O adiamento é apoiado por vários cientistas devido ao rápido contágio da variante Delta da Covid-19, detetada pela primeira vez na Índia e que se tornou a variante dominante no Reino Unido.
Por outro lado, a Associação das Indústrias Noturnas advertiu que o atraso do levantamento das restrições será “catastrófico” para as discotecas e bares noturnos, que estão fechados desde março do ano passado.
Alguns deputados conservadores também se opuseram ao atraso pois consideram que a população de maior risco já está vacinada com as duas doses da vacina.
Esta mudança nos planos de desconfinamento irá permitir novos progressos no plano de vacinação da população inglesa, uma vez que a maioria das pessoas hospitalizadas com o vírus ainda não foram vacinadas ou têm apenas a primeira das duas doses da vacina administrada.
Embora os outros países constituintes do Reino Unido – Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte – tenham atenuado as medidas restritivas, irão manter vários tipos de medidas para reduzir a possibilidade de infeção.
Boris Johnson tinha estabelecido o objetivo de vacinar, pelo menos com a primeira dose, todos os maiores de 18 anos até ao final do mês de julho.
Quanto à variante Delta, estima-se que esta é 60% mais contagiosa do que a Alpha, que foi detetada no condado de Kent, em Inglaterra, no passado mês de dezembro.
Além disso, os cientistas indicaram que a variante Delta é responsável atualmente por 90% das infeções no país.