O LIVRE saúda a posição tomada pela Comissão Europeia de cancelar as sanções a Portugal.
“O cancelamento de sanções a Portugal, recomendado pela Comissão Europeia, é não apenas justo, como um bem-vindo sinal de razoabilidade no atual momento do projeto europeu. Há semanas a Comissão registou o incumprimento de metas, que é o diagnóstico da governação PSD/CDS até e durante 2015; a Comissão tomou agora uma decisão política de não penalizar mais Portugal por essa governação.”
O partido diz que embora esta decisão não apague os erros da austeridade passada, a prazo poderá permitir virar a página para políticas de investimento, crescimento e emprego.
E prossegue no tema, deixando um alerta “Independentemente de as sanções terem sido canceladas convém clarificar que não existe uma “Bruxelas” que tudo decide de forma imparcial e técnica. Confundir os vários órgãos da União Europeia (UE) é contribuir para um debate enviesado que apenas beneficia as forças nacionalistas que se têm vindo a afirmar em vários países europeus, e também em Portugal. A natureza burocrática e opaca das instituições europeias só tem contribuído para fomentar esse debate. Um projeto europeu de futuro só pode ser aquele que passe pela refundação democrática da União”.
O LIVRE aponta ainda a ida de Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia, para o Goldman Sachs e a continuação das políticas de austeridade por parte dos decisores europeus como contributos para o crescimento do sentimento anti-europeu.
O partido defende que o recurso ao Tribunal de Justiça da UE é uma opção que os governos nacionais não devem ter qualquer receio de utilizar.
“Com a mesma força e autoridade com que combatemos os sancionalistas que queriam punir Portugal, continuaremos a combater os sensacionalistas a quem interessa um embate entre o nosso país e a UE.”.