A informação foi avançada na Covilhã, distrito de Castelo Branco, durante uma sessão de apresentação deste apoio, que tem uma dotação orçamental de 30 milhões de euros e que poderá chegar ao valor máximo de 40 mil euros por empresa.
Criada para ajudar as micro e pequenas empresas a gerir de “forma mais saudável” a dívida que contraíram durante o período pandémico da Covid-19, esta medida será financiada pelo Turismo de Portugal, até ao montante de 75% do serviço da dívida, explicou Carlos Abade, do Turismo de Portugal.
“O que está aqui em causa é gerir aquela componente de dívida que de forma anormal surgiu na vida das empresas”, especificou, referindo que tal ocorrerá através do “refinanciamento” de uma parte dos compromissos de 2023.
Segundo detalhou, aquela entidade poderá emprestar a verba total sem juros e o reembolso dos 25% devido ao Turismo de Portugal, só terá de ocorrer no ano seguinte ao fim do empréstimo bancário.
“Emprestamos agora e vamos receber quando terminar o serviço de dívida perante o banco, porque não queríamos tirar uma responsabilidade agora e transferi-la para o outro ano”, fundamentou, explicando que no fundo se está a “alongar o serviço da dívida”, tornando a gestão “mais saudável e fácil”.
Carlos Abade referiu ainda que os territórios de baixa densidade terão uma diferenciação positiva, o limite absoluto passa de 40 para 50 mil euros por empresa e o reembolso final poderá ser feito em dois anos.
As candidaturas serão feitas junto do Turismo de Portugal e a simulação apresentada mostra que as empresas terão menos necessidades de meios próprios, podendo assim canalizar fundos para o investimento.
Poderão aceder a estas linhas micro e pequenas empresas como alojamentos, restaurantes ou até empresas de aluguer de automóveis, entre outras.
Presente na cerimónia, o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, que já assinou o despacho para a criação desta linha, destacou a importância de criar instrumentos que dão resposta aos desafios do presente, num setor que representa cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e que emprega cerca de 80% da mão-de-obra em Portugal.
“Isto diz bem da importância desta área e, por isso, esta área tem de ser olhada e observada como prioridade política”, sublinhou.