Este Conselho Europeu, o primeiro no qual participa presencialmente um Presidente dos Estados Unidos, teve início às 18:00 locais (17:00 de Lisboa), e segue-se a uma cimeira de líderes da NATO e a uma outra do G7, ambas celebradas no quartel-general da Aliança Atlântica, também na capital belga, e cujos trabalhos se atrasaram.
Os trabalhos deveriam começar precisamente com uma discussão entre os chefes de Estado e de Governo da UE e dos Estados Unidos sobre os mais recentes desenvolvimentos na guerra em curso na Ucrânia e o aumento da pressão sobre a Rússia, mas Joe Biden – que participou nas duas cimeiras anteriores – está atrasado e juntar-se-á mais tarde, anunciaram fontes do Conselho.
O eventual reforço das sanções do bloco europeu é uma questão neste momento pouco consensual entre os 27, já que alguns Estados-membros advogam a aplicação de mais sanções desde já, mas outros defendem que é tempo de analisar o impacto dos vários pacotes já adotados e tentar identificar lacunas na sua implementação, antes de avançar com novas medidas.
No entanto, fontes europeias não excluem nenhum cenário, até porque os Estados Unidos – que hoje já anunciaram novas sanções à Rússia – gostariam de passar uma mensagem forte de unidade do Ocidente face a Moscovo por ocasião da presença de Biden em Bruxelas.
A sessão com Joe Biden deverá prolongar-se durante uma hora e meia, após a qual os líderes dos 27 prosseguirão a discussão entre si, concentrando-se no apoio que poderão continuar a prestar à Ucrânia.
A cimeira europeia prosseguirá na sexta-feira, dia para o qual está previsto um outro debate que também promete ser longo e animado, face a diferentes perspetivas entre os 27, relativamente à política energética com vista à Europa libertar-se da dependência das importações da Rússia e medidas de curto prazo para fazer face à escalada dos preços.
Portugal está representado no Conselho Europeu pelo primeiro-ministro, António Costa, que não prestou declarações à chegada à cimeira.
Lusa