“Eles estão errados e vamos prová-lo”, garantiu, sublinhando que a UE precisa de jovens “mais do que nunca” e considerando que a conferência que hoje arrancou “é uma oportunidade para refletirem que tipo de Europa querem no futuro”.
O vice-presidente da Comissão disse compreender que os jovens olhem para os governos nacionais e para a UE com “preocupação genuína e crescente sobre como será o mundo de amanhã” e, “muito concretamente, sobre as perspetivas de emprego e as oportunidade de carreira”.
Mas, assegurou, “ninguém ficará para trás” na recuperação da UE após a pandemia de covid-19.
Esperando receber “ideias inovadoras” dos jovens europeus, que vão estar reunidos até segunda-feira, o comissário enumerou os “passos decisivos” para criar emprego, garantir a igualdade de oportunidades e fomentar a mobilidade e a educação.
“A juventude está no centro do projeto europeu. Este projeto pode não ser perfeito, mas tentamos melhorá-lo, continuamente, para as novas gerações de europeus”, assegurou.
“Vocês dão força à democracia europeia e são os guardiões dos valores europeus”, sublinhou.
Na mesma sessão de abertura, Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, considerou que “os jovens beneficiarão de forma evidente do mecanismo de recuperação e resiliência” e assumiu o compromisso de Portugal – na presidência do Conselho da UE até 30 de junho – de garantir o acesso aos direitos.
Esperando que os resultados da reunião de jovens possam “influenciar a Conferência sobre o Futuro da Europa”, o ministro defendeu a passagem das políticas dirigidas aos jovens “de por eles decidir para com eles decidir”.
Anfitrião da conferência, o Conselho Nacional da Juventude, através do seu presidente, João Pedro Videira, defendeu “uma democracia mais inclusiva, através do recurso às tecnologias digitais”, que possa “encurtar o afastamento entre os decisores políticos e as novas gerações”.
Enquadrada no trio de presidências do Conselho da UE (Alemanha, agora Portugal e a seguir Eslovénia), a Conferência de Juventude tem como tema a "Participação dos jovens nos processos políticos e de tomada de decisão a nível local, regional, nacional e europeu".
Paralelamente à conferência, vai realizar-se uma ‘hackathon’ – maratona digital –, na qual se inscreveram “cerca de 120 jovens” dos 27 Estados-Membros da UE, para escolherem uma ferramenta que facilite e estimule a participação da juventude europeia.
Durante 48 horas, os participantes na maratona “Solve the gap” vão ter contacto com mentores e especialistas de várias entidades, entre os quais a comissária europeia com a pasta da Juventude, Mariya Gabriel, e o fundador da WebSummit, Paddy Cosgrave.