O Jardim da Serra em Movimento assinala no dia 4 de julho, uma data muito importante na história da mais jovem freguesia da Região Autónoma da Madeira.
Com efeito no dia 4 de julho do ano 1996, foi publicado no Diário da República, o Decreto Legislativo Regional n.º 11/96/M, que criava, no Município de Câmara de Lobos, por desanexação de uma parcela do Estreito, a freguesia do Jardim da Serra.
Esta aprovação, por parte de todas as forças políticas (PSD, PS, CDS, UDP, PCP-PEV e PSN) presentes, nessa época, no Parlamento Regional, constituiu um dos raros momentos de unanimidade que aconteceram, na última década do século passado, na Casa da Democracia na Madeira.
A aprovação desta proposta foi o culminar de um processo reivindicativo da população desta localidade, através do grupo de cidadãos eleitores denominado «Seremos Freguesia Jardim da Serra».
Este grupo nasceu no ano 1989, por iniciativa do Pe. Mário Tavares e dos seus colaboradores, tendo sido o primeiro grupo de cidadãos eleitores a ser constituído nesta região autónoma.
Como forma de ação e de reivindicação política, o grupo participou nas eleições autárquicas que se realizaram respetivamente no ano 1989 e no ano 1993, com a apresentação de listas de candidatos à Assembleia de Freguesia do Estreito de Câmara de Lobos.
Logo após a criação da freguesia, o grupo assumiu uma nova denominação: passou a chamar-se grupo de cidadãos eleitores «Unidos pelo Jardim da Serra».
Nas eleições autárquicas que tiveram lugar no ano 1997, o grupo apresentou uma lista de candidatos para os órgãos da nova freguesia, tendo vencido as eleições com maioria absoluta.
O Jardim da Serra em Movimento é herdeiro desta história reivindicativa e participante ativo na vida desta jovem freguesia. Com a criação desta nova autarquia, foram edificadas diversas infraestruturas, apareceram novas instituições e surgiram novos serviços públicos.
Tudo isto contribui para melhorar a qualidade de vida da população que, mesmo na última década do século passado, ainda vivia numa situação muito precária no domínio económico e no plano sociocultural. Contudo, durante as últimas décadas, há também factos negativos a assinalar.
A população começou a envelhecer e a diminuir; grandes manchas de pomares de castanheiros foram dizimadas pelos incêndios e pelas pragas; as cerejeiras seguem o mesmo caminho, devido aos efeitos negativos das alterações climáticas: falta de frio e falta de chuva. Por conseguinte, combater e mitigar estes efeitos terá de passar a ser um desígnio mobilizador de toda a população e de todas as instituições da localidade e não só, no presente e nos tempos futuros.