João Gomes Cravinho explicou, em declarações à RTP, que estes voos de repatriamento irão decorrer entre Telavive e Chipre (Larnaca), através da aeronave C-130 da FAP.
Posteriormente, um voo da TAP, fretado pelo Estado português, trará estes cidadãos desde o Chipre até Lisboa.
Esta operação de repatriamento foi operacionalizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e pelo Ministério da Defesa Nacional, tinha explicado o MNE anteriormente em comunicado, onde apontava inicialmente para 150 portugueses preparados para saírem de Israel.
Sobre a existência de portugueses ou descendentes de portugueses entre as vítimas mortais ou reféns do Hamas, que lançou no sábado uma ofensiva sem precedentes contra Israel, o chefe da diplomacia portuguesa referiu que não tem nenhuma confirmação oficial.
“Circula informação que não sabemos confirmar. As autoridades israelitas não conseguem confirmar, de uma portuguesa nessas circunstâncias. Enquanto não tivermos essa informação, não podemos adiantar mais”, frisou.
Cravinho garantiu ainda não ter informações de pessoas com dificuldades em contactarem a embaixada para acederem aos voos de repatriamento.
“A embaixada está encerrada por instruções do ministério por segurança. O contacto é através do Gabinete de Emergência Consular”, adiantou ainda.
O MNE tinha informado anteriormente que “o atendimento no Gabinete de Emergência Consular foi reforçado”, sublinhando que “os contactos devem apenas ser feitos para estes números – +351217929714 / +351961706472 (chamadas telefónicas regulares) ou através do e-mail gec@mne.pt”.
O ministro referiu também que há registo de 3.000 portugueses em Israel, sendo que “a grande maioria vive lá, tem dupla nacionalidade e não tem manifestado interesse” em viajar para Portugal.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.
O conflito armado já causou centenas de mortos de ambos os lados e milhares de feridos.
Lusa