Um aparelho aéreo não tripulado do exército israelita “atacou um esquadrão terrorista armado no campo de Nur Shams”, no âmbito de uma operação que também resultou em pelo menos dez detidos e em confrontos, afirmou um porta-voz militar em comunicado.
Segundo o exército, as forças de segurança “conduziram ações antiterroristas” no campo, onde também destruíram “infraestruturas terroristas”, confiscaram armas e “neutralizaram vários engenhos explosivos prontos a serem utilizados”.
Segundo a mesma fonte, “houve trocas de tiros com homens armados” e, no meio dos confrontos, um grupo “que representava uma ameaça para os soldados na zona” foi atacado com um drone.
De acordo com a agência noticiosa palestiniana Wafa, seis jovens foram mortos no ataque, depois de um menor palestiniano ter sido morto horas antes na mesma operação.
A incursão israelita na zona está a decorrer desde quarta-feira à noite e é a operação militar mais extensa na Cisjordânia desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, em 7 de outubro.
A polícia israelita informou que dez agentes ficaram feridos nos confrontos, um dos quais com gravidade.
Os ataques com drones não eram realizados na Cisjordânia desde 2006, até que as forças israelitas recorreram a eles em junho deste ano, numa ação contra milicianos palestinianos em Jenin, que fez três mortos.
No início de julho, voltaram a ser utilizados numa ofensiva terrestre e aérea contra o campo de refugiados de Jenin, que causou a morte de 12 palestinianos e de um militar israelita.
Desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas em Gaza, há 13 dias, 74 palestinianos foram mortos por tropas israelitas e colonos na Cisjordânia.
Foram também detidos pelas forças israelitas mais de 520 palestinianos na Cisjordânia, 153 dos quais nas últimas horas.
Israel assumiu o controlo da Cisjordânia em 1967 e, desde então, mantém uma longa ocupação e colonização do território.
Lusa