Em declarações aos jornalistas ao início da tarde no Funchal, à margem de uma ação de campanha à entrada da Loja do Cidadão, Nuno Morna disse que as expectativas da IL para as legislativas madeirenses são a eleição de um grupo parlamentar, tal como definido na estratégia global aprovada na última convenção do partido.
Contudo, caso esse objetivo não seja alcançado, “os serviços mínimos” serão eleger um deputado.
“Mas, acho que já estamos muito para além disso”, afirmou Nuno Morna, que voltou hoje a contar com a ‘ajuda’ do líder da IL, Rui Rocha, na ação de campanha.
Já depois de o líder da IL ter voltado a falar da proposta do partido para reduzir impostos, com críticas ao Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP, o candidato às eleições madeirenses insistiu que “é possível fazer melhor”.
“Isto não pode ser a autonomia, isto é pouco, muito pouco para os madeirenses. Quase 50 anos depois de termos 40 e tal por cento dos madeirenses em pobreza ou em risco de pobreza é miserável, é muito, muito pouco”, salientou, apontando as propostas da IL como “disruptivas e reformistas”.
Quase sempre com Rui Rocha ao lado, Nuno Morna esteve por volta da hora do almoço a distribuir alguns pequenos panfletos a quem entrava ou saía da Loja do Cidadão ou simplesmente passava apressadamente no passeio em frente.
Sem pressa, três jovens pararam e trocaram algumas palavras com o candidato e com o líder da IL, pedindo “um ordenado justo, um ordenado à maneira para quem estuda”, reivindicação corroborada por Rui Rocha e Nuno Morna.
Contudo, dos três estudantes do curso profissional de Mecatrónica, apenas um, já com 19 anos, poderá votar dentro de uma semana e meia. Os outros dois, de 17 anos, terão de esperar pelo próximo ato eleitoral para se estrear nas urnas.
Além de ator e produtor teatral, Nuno Morna é também técnico de aeronáutica da NAV – Navegação Aérea.
Com 61 anos, é coordenador do núcleo da Madeira da IL e foi um dos fundadores do partido. Nas regionais de 2019, já foi o cabeça de lista do partido, sem conseguir o mandato, e surgiu em terceiro lugar na lista nacional nas europeias desse ano. Foi também candidato à Câmara Municipal de Santa Cruz nas autárquicas que se realizaram em 2021.
Às legislativas da Madeira concorrem 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
Lusa