Em entrevista à agência Lusa o presidente da Investimentos Habitacionais da Madeira João Pedro Sousa, admite, no entanto, que os projetos, que vão ser edificados nos 11 concelhos da Madeira, poderão sofrer alterações devido ao aumento do preço das matérias-primas e à escassez da mão-de-obra.
O plano da IHM envolve a aquisição de 533 habitações a custos controlados e o apoio à reabilitação de 325 casas, sobretudo ao nível do melhoramento da eficiência energética, estando também orçamentados 1,6 milhões de euros para tecnologias de informação na área da habitação social. Até 2023, também vai avançar a construção 250 fogos em novos empreendimentos em terrenos da IHM a executar através de empreitadas de obras públicas.
A aquisição de edifícios a custos controlados, que serão construídos por promotores privados em todos os concelhos da região autónoma, representa um investimento de 128,4 milhões de euros e decorre de uma oferta pública lançada no final 2021.
Na primeira fase de candidaturas, foram aprovados 11 projetos, correspondendo a 286 fogos, situados nos concelhos do Funchal (um), Câmara de Lobos (sete), São Vicente (um), Machico (um) e Porto Santo (um). Já na segunda fase, a IHM conta aprovar mais seis projetos, no total de 247 habitações.
Os fogos deverão ser direcionados para a classe média, em particular casais jovens em início de vida profissional", que não têm condições para adquirir habitação, face ao preço de mercado e às dificuldades no acesso ao crédito bancário.
A maioria das casas financiadas pelo PRR terá tipologia T1 e T2 e classe energética entre A e A+. Incentivar e promover a habitação cooperativa é também um objetivo.