Os convívios de Natal fizeram disparar os números que se devem manter elevados ao longo deste mês.
Dezembro foi o pior mês da pandemia na Madeira. Registaram-se quase mil novas infeções.
Só na última semana do ano foram assinalados cerca de 400 novos casos.
O crescimento significativo fica associado a vários fatores.
Desde logo a entrada de mais passageiros no aeroporto! Turistas, emigrantes e estudantes.
Surgiram surtos em lares e vários casos em unidades de saúde.
Somam-se também os efeitos dos primeiros convívios e reencontros de Natal.
A tudo isto junta-se a nova variante do vírus proveniente do Reino Unido, bem mais contagiosa.
O contágio entre residentes é alto: mais de 80% dos casos.
Outro dado preocupante: os números mais recentes referem-se a situações ocorridas até 23 de dezembro.
Significa que falta saber o efeito dos convívios ocorridos na véspera e no dia de natal e nos dias seguintes.
O apelo para convívios apenas com os de casa não foi seguido por muitos.
Juntaram-se várias famílias partindo de um pressuposto errado: que ninguém estaria infetado.
A realidade mostra um cenário diferente explicado pelo aumento do número de casos.
Por contabilizar estão ainda os encontros para a passagem de ano novo.
Muitos optaram por ver o fogo na casa de amigos e familiares.
As autoridades de saúde temem que o número de infetados continue elevado pelo menos nos próximos 30 dias.
A reabertura das escolas no inicio da semana traz uma nova ameaça. O possível aparecimento de novos casos de covid-19.
Algumas câmaras pedem medidas mais drásticas para combater a pandemia.
O governo prepara-se para avaliar a situação e reúne-se este domingo na Quinta Vigia.
Miguel Albuquerque chegou a admitir cercas sanitárias para travar o número de infeções.
As novas medidas devem ser conhecidas em breve.