A secretária regional do Ambiente e Recursos Naturais da Madeira, Susana Prada, disse hoje que a criação da Área Protegida da Ponta do Pargo visa o "desenvolvimento sustentável do território", compatibilizando desenvolvimento e conservação da natureza.
"A criação da Área Protegida da Ponta do Pargo trará benefícios para a Região, permitindo a proteção de um espaço natural e cultural que importa salvaguardar e valorizar, contribuindo para um desenvolvimento socioeconómico sustentável, não só das populações da área envolvente, mas de toda a Madeira", explicou a secretária regional na Assembleia Legislativa da Madeira, durante a discussão da proposta de Decreto Legislativo Regional apresentada pelo Governo Regional de criação da Área Protegida da Ponta do Pargo.
O diploma tem por objetivo conferir àquela área especifica uma proteção especial dos respetivos recursos marinhos, património geológico, cultural e paisagístico, em harmonia com o desenvolvimento de atividades humanas compatíveis com a salvaguarda dos interesses ambientais prevalentes neste espaço natural, estendendo-se para leste da Ribeira do Tristão, concelho do Porto Moniz, até ao Ribeiro Velho, no concelho da Calheta.
A Área Protegida da Ponta do Pargo é constituída pelo Parque Natural Marinho, Monumento Natural e Paisagem Protegida com o mesmo nome.
"Além de ir ao encontro da estratégia de valorização dos recursos e promoção do nosso património marinho, irá contribuir para que Portugal salvaguarde pelo menos 10% das suas áreas marinhas, até 2020, de acordo com o estabelecido na Diretiva Quadro Estratégia Marinha e na Convenção sobre a Diversidade Biológica", lembrou.
O deputado do BE, Rodrigo Trancoso, chamou a atenção para a necessidade da fiscalização da área da pesca profissional para que "os ditames da preservação ambiental sejam garantidos".
Os partidos (PSD, PS, CDS/PP, PCP, BE, JPP, PTP e deputado não inscrito) com assento na ALM manifestaram-se favoráveis à criação Área Protegida da Ponta do Pargo.
LUSA