Embora sejam situações diferentes, o Governo Regional está atento às necessidades dos dois grupos de turistas. O secretário regional, Eduardo Jesus adianta que “para qualquer uma das comunidades o processo passa pelo SEF”, e explica: “no caso dos ucranianos que queiram permanecer na Madeira, para os pedidos de proteção subsidiária e, relativamente aos russos, para prorrogação dos vistos que são necessários para que possam viajar de regresso ao país de origem”.
O governante refere que muitos dos vistos requeridos para a viagem estão a chegar ao fim, mas informa que o SEF está preparado para prorrogar para que possam se utilizados na viagem de regresso.
Quanto a esta viagem, existem várias soluções em cima da mesa, sendo que uma delas está a ser analisada neste momento. Trata-se de uma operação que envolve a triangulação por outros países através dos quais a ligação à Rússia ainda pode ser feita “e dessa forma criar a possibilidade do regresso destes cerca de 200 turistas”. Até ao final do dia, o Governo Regional espera ter alguma informação mais concreta sobre esta situação.
“Para já, continua a não haver resposta da Embaixada da Rússia em Lisboa. O secretário regional de Turismo e Cultural sublinha que “neste momento, os cidadãos ucranianos e os cidadãos russos estão protegidos na Madeira pelo Governo Regional que contratou alojamento para os dois grupos. Nesse regime, temos 70 turistas ucranianos e 188 russos”, esclarece Eduardo Jesus, acrescentando que “a situação deve evoluir numa lógica de apoio social” através da Segurança Social e dos mecanismos que são acionados para esse efeito. Neste sentido, a Segurança Social, através da Secretaria Regional de Inclusão Social e Cidadania já foi envolvida no processo para que haja a continuidade da proteção destas pessoas e se faça a melhor coordenação de todos os intervenientes”, podemos ler em comunicado aos jornalistas.
Por essa razão, refere, “o Governo Regional está devidamente coordenado e mantém uma equipa na qual participam pessoas das várias ‘frentes de ataque’. O que for possível concretizar hoje, vai ditar o tipo de decisão que temos de tomar nos próximos dias”.
Acima de tudo, o objetivo do Governo Regional continua a ser o de conseguir, o mais rapidamente possível, soluções para estes cidadãos, não só para aqueles que necessitam de ser acolhidos localmente, como também para aqueles que pretendem regressar às suas casas.
“A forte dependência de terceiros, nomeadamente ao nível dos transportes internacionais e as limitações colocadas pelas restrições existentes, coloca-nos num palco de atuação muito exigente”, acrescenta o governante.