“A segunda fase do Programa materializa-se num alargamento das medidas de formação e do universo dos destinatários, passando a abranger todos os trabalhadores das empresas e das organizações da economia social, independentemente da sua dimensão, bem como os seus gestores e dirigentes e formadores na área digital”, explica o executivo na portaria hoje publicada em Diário da República.
Neste sentido, e em adição à medida de formação Emprego + Digital, a portaria cria ainda a medida ‘Líder + Digital’, vocacionada para os gestores e dirigentes, a medida ‘Formador + Digital’, destinada à capacitação dos formadores, e a medida ‘Cheque-Formação + Digital’, à qual os destinatários, incluindo trabalhadores independentes, se podem candidatar diretamente.
O executivo lembra que foi a parceria estratégica entre a área governativa do trabalho, responsável pela formação profissional, e a área governativa da digitalização que deu origem à conceção e à implementação da primeira fase do programa, que assentou em acordos de cooperação celebrados entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Estrutura de Missão Portugal Digital (EMPD) e parceiros sociais com assento na Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS), e que teve como público-alvo os ativos empregados das empresas associadas destas confederações, e no qual participaram (entre dezembro de 2020 e julho de 2022) cerca de 25 mil trabalhadores das empresas associadas de 43 associações empresariais.
“Face aos desafios nacionais no âmbito da transição digital, as políticas públicas de formação profissional e digitalização pretendem alargar a intervenção junto dos trabalhadores, tendo em vista, designadamente, a prevenção do risco de desemprego tecnológico entre os ativos empregados, bem como a melhoria das condições de progresso e mobilidade profissional e da qualidade do emprego”, explica no diploma.
Simultaneamente, o Governo pretende responder aos desafios e às oportunidades dos setores económicos, nomeadamente da indústria, do comércio, dos serviços, do turismo, da agricultura, da economia do mar e da construção, setores estes que recorda terem sido fortemente afetados pelos processos de transformação digital e pela pandemia da covid-19.
A medida ‘Emprego + Digital 2025’ integra a dimensão da Transição Digital do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que procura promover a digitalização da economia, através da adoção tecnológica por parte dos operadores económicos e pela digitalização dos seus modelos de negócio, bem como da sensibilização e capacitação dos trabalhadores e empresários.