O secretário da Agricultura da Madeira afirmou ontem que a política implementada para ajudar dos criadores de gado que foram afetados pelos incêndios inclui a entrega de animais, desparasitação, distribuição de sementes e simplificação do processo de licenciamento.
“Tem havido da parte da secretaria um cuidado em fazer um levantamento dos prejuízos aquando dos incêndios” ocorridos em 2016, disse Humberto Vasconcelos na ação da entrega dos primeiros três animais a produtores da Madeira, anunciando que está prevista uma outra atribuição de nove animais a criadores da zona da Tabua.
O governante insular sublinhou ser necessário “continuar a apoiar estes criadores”, porque esta atividade representa “também algum rendimento” e as perdas que sofreram “afetaram muito o orçamento familiar”.
“Vamos continuar este trabalho implementando uma política regional no sentido de ajudar com outras ajudas indiretas aos criadores de gado”, sustentou o responsável madeirense.
Humberto Vasconcelos fez saber que vai ocorrer uma “atribuição de mais sementes para as zonas afetadas pelos incêndios, a desparasitação dos animais por toda a Região Autónoma da Madeira”, mencionando que está a decorrer um “levantamento para ajudar os criadores de gado”.
Outra das medidas preconizadas é “brincar todos os animais de todos os criadores que não têm animais brincados, de forma gratuita”, adiantou.
O secretário regional referiu que esta é uma forma de “ajudar estes criadores a ter as suas criações corretamente legalizadas e a criação do animal dentro da legalidade”.
O governante argumentou que a região já está a praticar “o licenciamento zero, apesar de estar a legislar algumas coisas, para simplificação de todo o processo, tirando as burocracias necessárias que antes vinham dificultando os criadores de gado”.
O responsável frisou que o Governo Regional pretende “simplificar o processo ao máximo”, acrescentando que o objetivo é permitir que “as pessoas possam legalizar facilmente a sua pequena exploração, para que os animais cumpram as regras mínimas, mas seja simples de autorizar e licenciar”.
“Achamos que a legislação que estava em vigor não se coadunava com a realidade de hoje e, portanto, há processos que têm de ser muito simplificados”, disse, realçando que esta prática já está em curso.
Humberto Vasconcelos concluiu ser “fundamental que pessoas mantenham os animais e explorações e tenham mais rendimento do seu trabalho”.
Os incêndios florestais que ocorreram em agosto de 2016 consumiram áreas nas zonas altas do concelho da Ponta do Sol, na zona oeste da ilha, o que afetou os criadores de gado, tendo o executivo regional também distribuído forragem para alimentar os animais daquela localidade.
LUSA