"Estamos a falar, por exemplo, na plataforma continental, que é uma das maiores do mundo e isso deve-se à existência das regiões autónomas da Madeira e dos Açores", declarou o governante, realçando que é importante afirmar esta condição como uma "valência positiva", ao nível do país e da União Europeia no contexto das novas relações geopolíticas mundiais.
O chefe do executivo fez estas declarações no final da Cimeira Atlântica Madeira/Açores, que terminou com a assinatura de seis protocolos de cooperação entre as duas regiões e dois aditamentos aos acordos celebrados no primeiro encontro, realizado em 2016 nos Açores.
Os protocolos estabelecidos entre os dois governos, liderados pelo social-democrata Miguel Albuquerque na Madeira e pelo socialista Vasco Cordeiro nos Açores, incidem nas áreas da agricultura, ciência e tecnologia, prática musical, voluntariado jovem, telecomunicações por cabo submarino e energia.
Os aditamentos foram firmados ao nível dos recursos florestais e das pescas e aquicultura.
"Estes protocolos não são protocolos de retórica. São proclamações com princípios, meios e fins", disse Miguel Albuquerque, sublinhando que "há processos objetivos de concretização" e que os executivos vão concretizar a maioria destes objetivos, "a bem dos nossos povos, a bem da salvaguarda dos interesses das nossas regiões e a bem das novas gerações de madeirenses e açorianos".
O presidente do Governo Regional da Madeira reforçou, entretanto, que as duas regiões devem encarar o seu posicionamento geopolítico mundial como uma mais-valia, uma vez que, apesar de ultraperiféricas face à Europa, ocupam uma posição de centralidade em relação às duas maiores economias do mundo: a americana e a da União Europeia.
LUSA