As linhas gerais da proposta de Orçamento do Estado foram apresentadas na segunda-feira aos partidos com representação parlamentar (PS, PSD, Chega, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda e PCP) e aos deputados únicos do PAN e Livre pelos ministros das Finanças, Fernando Medina, e Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes.
Ao contrário do habitual, os membros do Governo não prestaram declarações aos jornalistas no final da ronda com os partidos, mas a Iniciativa Liberal fez saber que o executivo socialista projeta já uma inflação de 4% para este ano, mais do que os 2,9% previstos no Programa de Estabilidade.
O PSD disse mesmo que este ano “uma austeridade encapotada” com os aumentos salariais a não compensarem a subida da inflação.
Já o PS responder que introduzir imediatas compensações salariais poderá gerar uma “espiral inflacionista” e que a solução passa por controlar os preços para proteger os rendimentos das famílias.
Ainda em relação ao cenário macroeconómico, o Governo deverá manter a meta do défice de 1,9% e admite-se que poderá baixar a estimativa de 5% para o crescimento económico este ano.