“Cabe-nos, nesta altura, prestar um justo reconhecimento pelo extraordinário papel desempenhado pelos nossos bombeiros e pelo valioso contributo que deram no combate a este incêndio, que muito honra e prestigia a nossa região, as nossas corporações de bombeiros e todos aqueles que exercem a nobre atividade de bombeiro”, afirmou hoje o secretário Regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel.
O governante falava hoje de manhã, no aeroporto de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, onde, acompanhado pelo presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, Rui Andrade, recebeu o segundo contingente de bombeiros da região que esteve empenhado no combate ao incêndio na ilha da Madeira.
“Mais uma vez ficou demonstrado que temos bombeiros cada vez mais qualificados e capacitados para prestar um socorro eficaz às nossas populações, mesmo em contextos extremamente difíceis e pouco comuns nos Açores, como acontece com os incêndios florestais, o que reflete, evidentemente, também todo o trabalho, o empenho e o investimento estratégico que tem sido realizado pelo Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores na formação e treino dos nossos bombeiros”, afirmou Alonso Miguel, citado num comunicado do executivo regional.
O responsável pela tutela da Proteção Civil nos Açores também saudou os 29 bombeiros açorianos que integraram o dispositivo enviado para a Madeira e expressou um profundo agradecimento, em nome do Governo Regional, “pela disponibilidade, coragem e altruísmo demonstrados”.
“Esta disponibilidade e prontidão dos nossos bombeiros açorianos para salvar vidas e para proteger bens é, de facto, uma fonte de inspiração e um grande exemplo de humanismo e de serviço abnegado ao próximo”, disse.
Alonso Miguel deixou ainda “uma palavra especial de apreço para o papel crucial desempenhado pelas associações de bombeiros voluntários dos Açores nesta missão, cuja disponibilidade, articulação e cooperação permitiram a constituição destas equipas, para prestar apoio” à Madeira.
O secretário regional destacou também que a cooperação e espírito de solidariedade entre as regiões autónomas dos Açores e da Madeira “são aspetos absolutamente fundamentais” e assumem relevância nos momentos mais adversos.
“Como ficou bem patente não apenas no combate a este incêndio na Madeira, mas também como se verificou recentemente, nos Açores, com o precioso auxílio e suporte que a Madeira disponibilizou, acolhendo doentes que tiveram de ser mobilizados aquando do incêndio que deflagrou no Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada”, argumentou.
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou em 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana.
Na terça-feira, ao fim de 13 dias, a proteção civil regional indicou que o fogo estava “totalmente extinto”.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.104 hectares de área ardida.